Dizem que o poder da mente é espantoso. Que as vibrações positivas são espantosas. Verdade e verdade. Passar uma vida, ou parte de uma vida sem objectivos é o mesmo que navegar sem bússola. Deixar que seja o instinto a guiar-nos é confortável, mas talvez insuficiente.
Depois de 33 anos a acreditar no lema "deixa a vida me levar, vida leva eu", resolvi mudar o pensamento habitual e decidi traçar objectivos. Sei que podemos pedir triliões de coisas ao universo, mas para 2010 quero apenas meia dúzia de coisas. Quero rebentar de novas e excitantes emoções e quero coisas palpáveis, materiais. Quero uma nova vida, em que sou o eixo, um íman que atrai novas possibilidades. A palavra insegurança não terá mais efeito em mim. E o meu mote será determinação, força e esperança. Esperança, sempre.
A auto-motivação é fácil. Ás vezes parece que a vida nos passa em cima como um tractor. E com as rodas pesadas e grandes esmaga os nossos sonhos, a nossa esperança, a nossa motivação. Não há como resistir, como não ficar em baixo. É difícil evitar o sentimento de alma esmagada que nos invade mas a nossa força reside aí mesmo. Na capacidade de nos reinventarmos, de ganharmos asas e começarmos tudo de novo. É essa a beleza de estarmos vivos. É esta capacidade de sonhar, de tentar e voltar a tentar, de sentir, compreender e actuar que nos enche o espírito de combustível para prosseguirmos.
E depois existem os outros. Aqueles que nos ajudam a caminhar. Que nos dão a mão nos momentos sombrios. Que nos abraçam quando os trovões se tornam assustadores e a cabeça parece que vai rebentar. E existem ainda os outros. Os que nos retiram a motivação. Que nos assombram o espírito e tentam a todo o custo cortar-nos as asas. Mas se soubermos e sentirmos que estamos no caminho certo, se dermos conta que os nossos passos estão firmes, então saberemos que bastamo-nos a nós próprios.
Atravessar a vida com esta segurança, é uma coisa à parte. É sentir a vida a percorrer-nos pelas veias. Somos torres de auto-motivação. Somos uma obra energética e estamos sintonizados, sem dúvida, com energias superiores. Estamos conectados a nós próprios e somos capazes de tanta coisa, que ao tomarmos consciência disto mesmo, apercebemo-nos da grandiosidade da vida e das infinitas possibilidades que caminham até nós.
É a nossa consciência que nos move.