A situação em Portugal está complicada em termos de trabalho. Parece até que no dia 1 de Maio (dia do trabalhador), os desempregados portugueses vão manifestar-se à porta da Segurança Social. Felizmente nenhum dos meus amigos se encontra sem trabalho, ainda assim, dizem-me sempre que a coisa está complicada.
Bom, isto para dizer que o Belmiro de Azevedo, o homem forte da Sonae está a aconselhar os portugueses a emigrarem para Angola em busca de emprego e logo, de melhores condições de vida. Ao contrário do que pensa a maioria dos angolanos, eu concordo com a entrada dos estrangeiros qualificados e só lamento que o governo angolano crie tantas dificuldades na emissão dos vistos. Afinal de contas, Angola é um país em desenvolvimento e com imensas terras por povoar.
Eis a notícia saída no jornal Público: "Belmiro de Azevedo e Daniel Bessa defenderam ontem à noite a importância de Angola para o combate ao desemprego em Portugal, como destino de emigração e dos produtos da exportação nacional. O "patrão" da Sonae, que falava num debate sobre desemprego promovido no Porto pelo PSD, com a presença da líder do partido, referiu mesmo que aquele país africano pode ser o destino natural de parte dos engenheiros e técnicos qualificados que venham a perder o posto de trabalho caso a fábrica da Qimonda em Portugal feche as portas.
"Às vezes, o que é mais difícil em Portugal é uma certa cultura, é as pessoas quererem emprego ali ao lado. A Qimonda, por exemplo, tem dois mil engenheiros e técnicos qualificados. É impossível arranjar empregos para todos eles [caso a fábrica encerre]. As pessoas vão ter de ir trabalhar noutro sítio: noutra parte de Portugal, da Europa ou do mundo", disse. Belmiro de Azevedo apontou o exemplo concreto de Angola, "seguramente um país que pode atrair muitas pessoas. Está no princípio do seu desenvolvimento e como tal dispõe de muitos empregos e não precisa de trabalho muito qualificado". Daniel Bessa classificou Angola como "o país do mundo que mais contribui para resolver o problema do desemprego em Portugal", nomeadamente porque "as exportações continuam a subir, sendo actualmente o quarto mercado para os produtos portugueses, à frente do Reino Unidos, Itália ou Estados Unidos".
Para mim é uma alegria esbarrar em portugueses a toda a hora. Menos naqueles que vêm para cá a pensar que vão descobrir a pólvora, claro.
Em 2008, o consulado angolano em Portugal (é uma vergonha o que se passa lá, mas isso fica para outro post), concedeu 26 mil vistos! É muita fruta, não acham? Este ano, até à data foram emitidos mais de 6 mil. Estes números reflectem a realidade portuguesa. E a história inverte-se. Antigamente eram os angolanos a emigrar para Portugal em busca de uma nova vida. Neste mundo em que vivemos, tudo funciona por ciclos. Agora o que é preciso é terminar com esta treta de se dificultar a emissão de vistos e isto vale para os dois lados...
3 comments:
Moça olha que já passamos pelos dois lados da moeda aqui no Brasil. Nos tempos da ditadura os lusitanos fugiam pra cá em busca de oportunidades. Quando Portugal entrou na U.E. queriam deixar-nos de fora. Sei que essa quizila não é boa para Angola, mas me satifaz ver os portugueses se apertarem na hora de viver o outro lado da moeda.
Um abraço.
Espero que a situação se normalize o quanto antes...no mundo todo.
Bjus.
L.S. Alves, não concordo mesmo nada contigo. Mas pronto, cada um tem direito à sua opinião.
Abraços
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