Saturday, May 30, 2009

Suzanne takes you down
To her place near the river
You can hear the boats go by
You can spend the night beside her
And you know that she´s half crazy
But that´s why you want to be there
And she feeds you tea and oranges
That come all the way from China
And just when you mean to tell her
That you have no love to give her
Then she gets you on her wavelength
And she let´s the river answer
That you´ve always been her lover
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that she will trust you
For you´ve touched her perfect body
With your mind
Suzanne / Leonard Cohen

Tuesday, May 26, 2009

"Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa."

Fernando Pessoa

Friday, May 22, 2009


Eu andava nas nuvens. Mas estava mesmo no alto. Obrigaram-me a descer à terra. Como se uma mão gigante e de ferro, me tivesse agarrado e trazido bruscamente para chão firme. Entendo agora que não foram as palavras que me fizeram entrar em parafuso. Foi o regresso à realidade...foi o percurso entre o ar e a terra que me deixou com lascas de mil tamanhos.

Thursday, May 21, 2009

Para ti

Coisas pequenas são
Coisas pequenas
São tudo o que eu te quero dar
E estas palavras são
Coisas pequenas
Que dizem que eu te quero amar

Amar, amar, amar
Só vale a pena
Se tu quiseres confirmar
Que um grande amor não é
Coisa pequena
Que nada é maior que amar

E a hora
Que te espreita
É só tua
Decerto, não será
Só a que resta
A hora que esperei a vida toda, é esta

E a hora
Que te espreita
É derradeira
Decerto já bateu
Á tua porta
A hora que esperaste a vida inteira
É agora

Coisas pequenas / Madredeus

http://www.youtube.com/watch?v=B14_vcUbgkg
O meu estado de espírito amainou. Estou bem. Fazer a reserva e marcar a data da minha viagem para Lisboa, deixou-me nas nuvens. Agora só me resta manter este estado de espírito.
Estou perfeitamente conformada e disposta a ouvir seja lá o que tiver de ouvir. Os pensamentos negativos tomaram outro rumo e as rugas que tinha na testa desapareceram como por magia!

Wednesday, May 20, 2009

Para a Bela (do blog Reflexos)

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
Olha-se para dentro e já pouco sobeja
Pede-se o descanso, por curto que seja
Apagam-se dúvidas num mar de cerveja
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida


Enfim duma escolha faz-se um desafio
Enfrenta-se a vida de fio a pavio
Navega-se sem mar, sem vela ou navio
Bebe-se a coragem até dum copo vazio
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
E outra maré cheia virá da maré vaza
Nasce um novo dia e no braço outra asa
Brinda-se aos amores com o vinho da casa
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

O Primeiro dia / Sérgio Godinho

Tuesday, May 19, 2009

Se levamos uma rasteira da vida, temos duas opções: ou vemos a vida como uma sucessão de acontecimentos e culpamos esses mesmos acontecimentos e eventualmente as pessoas responsáveis por eles, ou acreditamos que tudo acontece por uma razão. Pensamos, "se a porta se fechou é porque tinha de ser". É porque não era este o momento.
Depois de me ter afundado na primeira opção, decidi agarrar-me à fé e optar por pensar que nesta vida, tudo acontece por uma razão...quer doa ou não.

Monday, May 18, 2009

Em Angola as coisas são assim...

Na subida para o largo da Maianga e preso no trânsito infernal da cidade, ia um "candongueiro" vulgo táxi (Hiaces que transportam 9 pessoas ou mais), quando o condutor do dito táxi começou a esbravejar com um segurança que se fazia transportar numa carrinha com mais uns quantos colegas. O segurança ia armado com uma espécie de metralhadora e não se deixou ficar. A conversa azedou. Cada um insultava o outro até que sem mais nem menos, o filho da puta do segurança, puxa da metralhadora e aponta para o motorista do táxi. Os passageiros ficaram com o coração na boca e acto instintivo, toda a gente se baixou. A fila começou a andar e a conversa morreu. Os passageiros decidiram desataram a refilar com o motorista: "porque não pode ser, ele tem arma, tens de ficar calado, há aqui crianças e queremos sair". O motorista enervou-se com os passageiros e disse que tinha razão em reclamar pois que o segurança tinha sido mal-educado. As portas abriram-se e a maioria dos passageiros abandonou a viatura. Preferiram fazer o resto do caminho a pé.
Eu fiquei lá dentro, sabe lá Deus porquê. Mas foi só até ter percebido que motorista e segurança voltaram à discussão e que a coisa poderia ficar sangrenta. Isto já aconteceu há dois meses e ainda hoje fico pasma e gela-me o sangue quando me recordo.
É por esta e por outras que detesto morar aqui!
I am breathing...still breathing...
No famoso livro "O segredo" aprende-se (na verdade apreende-se...as verdades que lá estão não são novas) que o ideal é estarmos sempre com as emoções equilibradas e sintonizadas com o aspecto positivo da vida. Desejos e pensamentos negativos não combinam.
Tenho estado a viver um turbilhão emocional bastante desagradável. Umas vezes estou triste, outras com raiva e outras sinto-me alegre. Infelizmente, a raiva tem-me dominado e ando sem paciência para as pessoas.
Lancei um desejo ao universo e enquanto estiver a ser dominada pela instabilidade emocional, as coisas não vão correr bem. Então, ando a fazer um esforço tremendo para estar positiva. Para não me esquecer de agradecer ao universo pelas coisas boas que tenho e que me rodeiam. E acima de tudo, para não me esquecer de estar com a mente e o coração abertos. Só assim puderei receber o que de bom a vida tem para me dar.
E por incrível que pareça, qualquer dia este blogue vira um diário...espero bem que não...

Friday, May 15, 2009

Deixem-me estar...


Ontem o meu coração estava tão, mas tão desalinhado, que senti necessidade de fazer jogging (há muito que não o fazia). Corri até me faltar o ar. Até os pulmões arderem-me no peito. Até encharcar o cabelo e a roupa.
Corri até esvaziar a cabeça. Até deixar de ouvir os gritos mudos do meu coração. Corri. Corri. E corri. Para fugir de mim mesma. Da frustração que me assolava como uma nuvem negra. Valeu a pena. Conformei-me. E declarei-me...

Thursday, May 14, 2009

Desassombro

Caminhaste pelo deserto durante anos e nem sabias que era lá que estavas. De vez em quando avistavas oásis rodeados por palmeiras e riachos de água tépida. O sol queimava-te a pele e nem davas por isso. Tinhas a alma em carne viva e estavas imune à dor. A ferida por fechar dentro do peito tardava a cicatrizar e era nela que te concentravas. Á noite procuravas o sentido da vida e não atendias o telefone. Chamavam-te para dançar e conversar mas escapulias-te para dentro de ti. O contacto com o exterior feria-te e andaste assim muitos anos. Anos de alienação. Dias e horas a navegar no lodo de águas bolorentas e estagnadas.
E um dia a luz entrou. Não sabes bem por onde, mas a luz entrou. Deste por terminada essa longa caminhada pelo deserto e afastaste os pássaros negros com quem fizeste amizade. Foste atrás da luz, porque achaste que a luz tinha vindo à tua procura. Perseguiste-a e tentaste torná-la tua. Como se a pudesses armazenar numa caixa de madeira. Reteste uma réstia de luz e engoliste-a. E sem dares por isso, a magia da vida renovava-se diante dos teus olhos. Caminhaste de mãos dadas com a luz. Tornaram-se parceiras, confidentes durante a hora da sombra. E voltaste a rir e a acreditar.
Mas a luz parece estar a apagar-se e não sabes como alimentar a chama. Corres atrás do que resta. Corres até os ossos darem de si. Até deixares de respirar. Não queres voltar para o deserto. Preferes manter a fé, mesmo que a fé te escorra pelos dedos. E assim estirada, cansada de luzes que não se mantêm na tua vida, olhas para trás. É com desassombro que te sentes tentada a embarcar na escuridão. Optas pelo limbo. E ficas em silêncio porque não sabes o que fazer...

Saquei esta foto de um blog (sem permissão, diga-se) e achei-a bastante elucidativa. Não tenho religião, até porque me considero uma criatura de pensamento livre e logo, não me prendo a conceitos religiosos. Acredito no ser humano e em forças invisíveis e vísiveis que coabitam lado a lado dentro de nós. Acredito em forças exteriores que nos empurram em determinada direcção. Não acredito em Deus, Buda, Jeová, Jah ou qualquer outra entidade criada pelo ser humano. Somos seres da natureza, criados pela natureza...o que existe para lá da fronteira de nós mesmos, ninguém saberá ao certo. Teremos as nossas respostas em vida ou apenas depois da morte? Não sei...

Bom, alonguei-me no texto. Quero apenas dizer que a igreja católica precisa rever os seus conceitos. Chegámos ao século 21 e exigem-se remodelações dentro do Vaticano. A igreja não pode continuar a condenar o uso do preservativo ou o aborto. Somos acima de tudo seres individuais e supostamente conscientes das nossas limitações. Apenas nós mesmos, saberemos o que queremos ou não fazer. E "obrigar" uma família de poucos recursos a mandar vir um sem número de filhos, é cruel. Obrigar uma criança de nove anos, a dar à luz um bebé fruto de uma violação é desumano...então eis a foto. Pode ser que esta imagem seja uma previsão...
"I could be your friend
I could be your stranger
I could be the one your mother said would be a danger
Now it´s up to you"

Jay Jay Johanson

Wednesday, May 13, 2009


Recebi este texto em forma de email de uma amiga muito querida. Espero que gostem. Tenham ou tentem ter, um dia muito feliz.


Pensa em cada um dos pontos antes de passares para o número seguinte:


AS COISAS BOAS DA VIDA:


1.Apaixonar-se.

2. Rir tanto até que as faces doam.

3. Um chuveiro quente num Inverno frio.

4. Um supermercado sem filas nas caixas.

5. Um olhar especial.

6. Receber correio (pode ser electrónico.....)

7. Conduzir numa estrada linda.

8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.

9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.

10. Toalhas quentes acabadas de serem engomadas...

11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.

12. Batido de chocolate (baunilha ou morango).

13. Uma chamada de longa distância.

14. Um banho de espuma.

15. Rir baixinho.

16. Uma boa conversa.

17. A praia.

18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.

19. Rir-se de si mesmo.

20. Chamadas à meia-noite que duram horas.

21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.

22. Rir por nenhuma razão especial.

23. Alguém que te diz que és o máximo.

24. Rir de uma anedota que vem à memória.

25. Amigos.

26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.

27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.

28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro com novo parceiro).

29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.

30. Brincar com um cachorrinho.

31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.

32. Belos sonhos.

33. Chocolate quente.

34. Fazer-se à estrada com os amigos.

35. Balancear-se num balancé.

36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.

37. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmosestúpidos.

38. Ir a um bom concerto.

39. Trocar um olhar com um belo/a desconhecido/a.

40. Ganhar um jogo renhido.

41. Fazer bolachas de chocolate.

42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.

43. Passar tempo com amigos íntimos.

44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.

45. Andar de mão dada com quem gostamos.

46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas ( boas ou más) nunca mudam.

47. Patinar sem cair.

48. Observar o contentamento de alguem que está a abrir um presente que lhe ofereceste.

49. Ver o nascer do sol.

50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.

51. E ver a tua cara a ler esta mensagem.

Tuesday, May 12, 2009

Nada de jeito para escrever no blog. A minha cabeça está totalmente virada para as férias em Portugal (Setembro), na minha passagem por França, pelo coração em desalinho e no contentamento pelo espaço Schengen...

Wednesday, May 6, 2009

São as pontes que não chegam ao fim. Os aviões que aterram trazendo esperanças ou talvez não. São os rios que correm em sentido inverso. É o céu pintado com as cores do entardecer e os carros formigueiros em piloto automático rumo a casa. São os barcos lotados que rasgam os mares até ancorarem em portos fantasmas. É a chuva anormal que cai sobre corpos trémulos de paixão e ansiosos por mantas de retalhos. São estas pontes que trazem a distância. A distância que separa as almas em busca de si mesmas. E no final do dia nada se transforma, pois que as horas deixaram de seguir o seu curso....

Tuesday, May 5, 2009

O primeiro dia

A príncipio é simples anda-se sozinho
Passa-se nas ruas bem devagarinho
Está-se bem no silêncio e no burburinho
Bebe-se as certezas num copo de vinho
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
Dá-se a volta ao medo e dá-se a volta ao mundo
Diz-se do passado, que está moribundo
Bebe-se o alento num copo sem fundo
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
Entra-se cansado e sai-se refeito
Luta-se por tudo o que se leva a peito
Bebe-se e come-se e alguém nos diz: bom proveito
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Sérgio Godinho

Prémio para um blog que vale a pena ler



A Sílvia atribiu-me este prémio e claro, estou muito honrada e só tenho a agradecer.
Portanto, como é da praxe, passo o testemunho à Bela, ao Luciano, ao Emerson e já agora ao Bruno Nogueira (na hipótese hiper remota) dele ler o meu blog.

Saturday, May 2, 2009

I am mine

"I know i was born and that i will die. But in between there is me. I am mine!"

Pearl Jam