Penso que esta imagem simboliza bem o que escrevi no post anterior. A vida dá-nos exactamente aquilo que pedimos, nem mais nem menos.
All i ever wanted.All i ever needed is here in my arms.Words are very unnecessary. They could only do harm...
Tuesday, August 25, 2009
Evolução
Evoluir interiormente é difícil. Desde que cheguei de Israel, ando desconectada com o meu "eu interior". Deixei de cultivar os pensamentos positivos, de agradecer todas as manhãs por tudo de bom que me acontece e passei a vogar à deriva como sempre fiz.
Não senti necessidade de o fazer em terra judaica porque estava tão em paz comigo mesma, que a vida vinha até mim mansamente. Mas eis-me na terra onde nasci e como de costume, sinto a alma enjaulada e o corpo sem motivação. De vez em quando lembro-me de pôr em prática o que aprendi com o livro "O Segredo", mas abstraio-me facilmente e acabo por não chegar a lado nenhum.
E hoje, ao ler o blogue da actriz brasileira Lúcia Verissímo, percebi que está na altura de me voltar a equilibrar. Está na hora de ir buscar a luz para puder prosseguir o meu caminho, seja ele qual for.
Falta-me o encaixe. Aqueles feixes energéticos que nos indicam que estamos a caminhar no bom sentido, que nos fazem entender que tudo está bem e que a vida segue o seu curso. Foi nesta fase de luz e abertura que me aproximei do G. e ele de mim. E isto é apenas um exemplo de que os nossos pensamentos e as nossas vibrações, nos aproximam das metas e das pessoas.
Não sei se será correcto dizer que evoluir dói, mas eu realmente acho que dói. O crescimento pessoal traz consigo alguma dor, mas daquela suave e fácil de encarar. Essa dor mostra-nos como mudarmos de pele. Como alterar hábitos, gestos, palavras, olhares...somos energia, renovamo-nos a cada dia...
A Lúcia Verissímo colocou esta frase dita por Einstein no seu blogue:
"A vida não dá e nem empresta, não se comove e nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos”.
Caramba! Depois de ler uma coisa destas, não há que como querer virar as costas a esta verdade contudente. A frase fez-me entender que tenho andado estagnada e que está na hora de fazer algumas alterações. Percebi também que tenho feito tudo errado e fiquei pasma comigo mesma por ter me esquecido de tanta coisa. Cheguei à conclusão que não sei nada. Que sou uma alma imberbe com sede de conhecimento. E que só puderei colher frutos depois de os semear. Mas tudo isto eu sabia e tudo isto esqueci.
Se quero amor, não posso estar fechada, de olhos fechados e atitude sempre defensiva. Tenho que deixar o amor entrar, escancarar o peito e acreditar. Acreditar sempre. E isto aplica-se a tantas outras coisas. A uma infinidade de possibilidades. Aliás, acho que a partir de agora, a minha palavra-chave será "possibilidade". A possibilidade de ir e vir. De amar e amar.
Consigo visualizar o tipo de mulher que pretendo ser daqui a 30 anos. Sei bem em que posição me quero colocar. Mas para isso, preciso fazer todo um trabalho mental de focalização e fé.
É a fé que me vai impedir de chorar e sofrer quando me sentir só e rejeitada. Terei de fazer da fé os meus alicerces, pois serão eles que me irão ajudar a suportar os embates da incredulidade, da desilusão, dos falhanços emocionais, dos desarranjos afectivos com que sou assolada ciclícamente.
Não. A maturidade não é fácil. A evolução é lenta mas primorosa. Desejo tornar-me um ser humano melhor. Não quero um espírito embrutecido, mal talhado pelo tempo.
Sinto-me vazia, não por estar sozinha ou longe do país que tanto amo. Sinto-me vazia porque perdi o meu eixo. E acredito que todos nós temos esse eixo. Uma espécie de bússola que nos direcciona. Mas para isso, precisamos estar atentos, conectados com a energia do universo.
Quero e preciso estar em sintonia com o universo e comigo mesma. Preciso voltar a sentir que tudo se encaixa. Que conduzo o meu espírito e o meu corpo para um riacho de águas livres e límpidas...
Monday, August 24, 2009
Wednesday, August 19, 2009
Muita parra e pouca uva
Ele: Ainda bem que vens este fim-de-semana. Se estivesses à minha frente dava-te um beijo.
Eu: Falas muito e não fazes nada!
Ele: .....
Monday, August 17, 2009
Sida
Há muito tempo que queria adicionar estas imagens francamente esclarecedoras aqui no blogue. A primeira vez que vi estas fotos fiquei de boca aberta. Mas no bom sentido. Pensei que os franceses (autores da campanha) ousaram q.b. e que souberam ir ao fundo da questão.
Há gente que ficou chocada, mas não foi o meu caso. Não dá para lidar com o assunto Sida levianamente. As campanhas precisam ter um cariz marcante e esclarecedor, porque é uma forma de abrir a cabeça às pessoas para o mal do século. Não dá para andarmos a brincar com a vida, por causa de algumas horas de prazer.
E mais não digo, porque as imagens falam por si.
Tuesday, August 11, 2009
Expectativa versus confiança (duelo de titãs)
As expectativas fazem mal à alma. Á minha pelo menos. Os amigos perguntam: "estás mais calma?" e eu nem sei que resposta dar, porque não sei a que emoção posso ir buscar a resposta. Neste momento sei que estou anestesiada. Não sinto nada. Só esta expectativa que teima em morder-me os calcanhares. Que tento baixar a qualquer custo, mas sem sucesso.
Depois apercebo-me que afinal a expectativa não está sozinha. Vem de braço dado com a confiança que precisa de apoio. Eu sei que aqui bem no fundo, a minha atitude deveria residir na confiança. Mas sou fraca. Weak, como se diz em inglês. Terrivelmente weak. E por ser assim, desequilibro os pratos da minha balança. Percebo claramente que a expectativa tem mais poder que a confiança. Sei-o mas nada faço para alterar essa condição. Porquê? Porque insisto sempre nos mesmos erros. "São sempre os mesmos ossos que eu insisto em partir", como diria Jorge Palma.
Mas então...se sou capaz de identificar a falha na minha máquina emocional, devo ser capaz de mudar estas emoções repetitivas e estes gestos repetitivos. Será necessário acabar com este desgaste que me coloca em turbilhões desnecessários e extenuantes.
Estarei capaz de focalizar um quadro positivo, onde a confiança aniquila a expectativa. O vazio de ilusões construídas sobre pequenos grandes nadas.
Entrevejo um pouco desta confiança, porque abri-me momentâneamente e fico assombrada. Do outro lado da porta, a acompanhar a confiança, está a segurança, a tranquilidade, a realidade tal qual como é. Com o coração ligeiramente mais calmo e em ordem, ganho asas sem vontade de sair do chão. Entendo que ainda não é chegada a altura de voar. E que as asas apenas lá estão para que não me esqueça quem sou e para que servem.
Respiro fundo e preparo-me para ter a resposta na língua. Sim, agora estou mais calma. Mais calma. E centrada no que é de facto importante.
Decidi fazer como o estimado dono do blogue "Não asses mais carapaus fritos" (viste, desta vez acertei à primeira) e resolvi colocar aqui 20 coisas que já fiz na vida. Não sei a quem isto poderá interessar, mas sabem como é, apetece-me e ao fim e o cabo o blogue serve precisamente para mostrarmos o nosso lado narcisista. Digamos que será uma forma de purga. Ou então de arte, dependendo do ponto de vista, claro. A minha melhor amiga fez uma coisa do género no facebook e chocou umas quantas pessoas com as coisas que lá escreveu. Serviu como um grito de liberdade. De destapamento de todas aquelas coisas que estão à vista mas que ninguém ousa falar publicamente.
Bem, eu como estou muito longe de ser uma pessoa polémica, aqui vai:
1- já dormi bem acompanhada no topo de um monte em Sintra ao relento
2- uma vez apanhei uma bebedeira tão grande que adormeci com a cabeça no tampo da sanita, num bar
3- comi refeições estragadas várias vezes porque me obrigaram
4 - viajei de Lisboa às Caldas da Rainha para estar apenas uma noite com o meu xuxuco da época
5- tive um breve caso com um toxicodependente
6- fui ao concerto das minhas duas bandas favoritas: Radiohead e Pearl Jam
7- viajei para Israel
8 - fiz sexo sem amor
9 - subornei para ter o passaporte em um dia
10 - parti o coração a um gajo dez anos mais velho do que eu
11 - pus uma ex amiga de infância na rua. abri-lhe a porta de casa e tudo
12 - fui a casa de um interesse amoroso de propósito deixar-lhe castanha de caju, porque ele não conhecia, acompanhado de um recadinho romântico
13 - fiz o exame para a carta mas chumbei por não ter subornado o examinador
14 - fumei erva, haxixe e pólen
15 - dividi casa com dois gajos
16 - fui empregada interna na casa da família Espírito Santo
17 - deixei de ir à República Democrática do Congo a trabalho porque estava a ressacar
18 - flutuei no Mar Morto
19 - recusei meter ecstasy na massa cinzenta
20 - por causa do meu chefe de cozinha, meti uma patanisca de bacalhau no bolso acabadinha de fritar e queimei a perna
Monday, August 10, 2009
Os homens são f*
Antes de viajar e para grande surpresa minha, ele ligou-me do aeroporto para me dizer: "ouve Clara, sei que te tenho dado imensos cortes, mas sabes como é a vida, muito trabalho e pouco tempo para conviver mas quando voltar de Lisboa, prometo que tudo vai mudar e que estaremos mais tempo juntos. Vou abrandar o meu ritmo porque a vida não é só trabalho". Limitei-me a dizer "tá-se bem e boa viagem". Entretanto ele ficou dois ou três meses na Lusitânia, eu fui para Israel e quando voltei o amigo dele contou-me que ele já cá estava. Disse-me: "ele esteve para ligar para ti, mas teve de se ausentar da cidade para fazer um trabalho". Suspirei e contei até quatrocentos e dez.
Dada a ausência de telefonemas, liguei para ele na semana passada. Atirei-lhe um "porra, és tramado. Nem sequer um telefonema?" Ele respondeu-me com silêncio e eu calada fiquei. Finalmente respondeu: "é a treta do costume, pá, imenso trabalho. Temos de combinar uma noitada nos copos." Diante daquela resposta, só me ocorreu uma frase: "a fila anda, depois não digas que não te avisei".
No sábado à noite ligou para mim. Quer que vá acompanhá-lo a uma viagem de trabalho. Coitado...nem sabe o sofrimento requintado que planeio infligir-lhe naqueles ossos magros!
Ele: Já estou a contar os dias para o teu regresso.
Ela: Eu também e até me dou ao luxo de riscar os dias no calendário.
Ele: Sei que vais andar na correria porque toda a gente vai querer ver-te, mas vais ter tempo para mim, não vais?
Ela: Sempre.
Ele: E as noites? Também teremos noites doidas, não teremos?
Ela: Bem, aí depende da tua definição de loucura.
Ele: Oh, tu sabes...
Ela: O quê? De irmos para o Queen´s ver striptease masculino?
Ele: Sim, sabes bem que és a unica que aceita ir comigo.
Ela: Sei é que sou a única que não se importa de te ver aos melos com outros gajos!
Thursday, August 6, 2009
Wednesday, August 5, 2009
Aviões
Ontem falava sobre o medo com uma amiga. E junto com o medo surgiu o tema: aviões. Então lembrei-me da experiência desagradável pela qual passei com a Ethiopian Airlines. A primeira vez aconteceu quando nos estávamos a preparar para aterrar no aeroporto da Etiópia. O comandante vinha com os "pés no acelerador" e a aterragem foi angustiante, porque ele pousou o avião em alta velocidade. Não se deu ao trabalho de reduzir. Então o aparelho sacudiu, o meu corpo sacudiu e pus-me em posição de protecção. O meu coração estava sobressaltado e a minha cabeça viajava a mil hora com pensamentos de morte e coisas do género. Quando o avião finalmente imobilizou-se, os passageiros bateram palmas. Menos eu que tremia como varas verdes.
O segundo susto veio com a mesma companhia (é a Etiópia que assegura a rota daquele país com Israel, penso eu) e com o mesmo comandante. Sei-o porque reconheci-lhe a voz e o mau inglês no altifalante.
Estava no voo de volta para Luanda. A viagem decorreu sem problemas e até dei-me ao luxo de dormir, embora viesse sentada na janela com a portinhola da dita cuja aberta porque as hospedeiras obrigavam-me a mantê-la assim. E mais uma vez, ao aterrar, o avião vinha com demasiada velocidade. Apesar do medo, vi pela famigerada janela, o asfalto do aeroporto de Luanda a vir contra nós como se de uma boca infernal gigante se tratasse, a uma velocidade absurda. Parecia que seríamos engolidos e levados sem piedade para o outro mundo. Juntei as pernas, encolhi-me, levei as mãos à cabeça e deixei tudo nas mãos do Universo. De repente e apesar da alta velocidade com que aterrámos, o avião reduz a velocidade e com ele os meus batimentos cardíacos.
E mais uma vez confirmei o meu medo de andar nesses aparelhos com asas.
Obs: segundo consta, a Ethiopian Airlines é a melhor companhia aérea do continente africano.
Nas andanças pela web, descobri um blogue americano que fala sobre relações inter-raciais. Gosto muito de ver casais mistos porque simbolizam aquilo que todo o ser humano deveria ter: tolerância e respeito pelo próximo.
Graças ao blogue aprendi meia dúzia de coisas em relação ao comportamento dos americanos diante de uma relação inter-racial. Pelo que entendi, os homens negros americanos não suportam ver mulheres negras com homens brancos. Por sua vez, as mulheres negras não suportam ver os "seus" homens negros com mulheres brancas. Bom, acho um disparate estar para aqui dizer "homem branco, homem negro, mulher branca, mulher negra", mas tem de ser para a coisa ficar clara. E depois existe o outro lado...o da não aceitação familiar de ambos os lados diante de uma relação do género.
Porque será que existe esta intolerância em relação aos casais mistos? Acho esta questão absolutamente ridícula! No meu ponto de vista, são apenas duas pessoas que se amam, dispostas a viverem juntas.
O tom de pele dos tipos por quem me apaixonei nunca foi factor de relevância para mim. Importa-me mais o coração, o carácter, a hombridade. Lembro-me de um lindo namorado que tive em Lisboa e de ligar à minha mãe que estava aqui em Luanda para dizer-lhe que estava a namorar e que andava feliz da vida. Do outro lado da linha ouvi a pergunta: "qual é a cor do teu namorado?" Respondi-lhe: "não sei, ainda não reparei".
Sou filha de pai mulato e mãe negra, no entanto não me guio pela cor da minha pele. Nunca o fiz. E nunca dei importância a comentários racistas - e olhem que sofri vários quando era criança. Também não me vitimizo ou escudo atrás de palavras racistas perante pessoas provenientes de outras culturas. Eu não sou apenas minha cor, nem nunca serei. Sou bem mais que isso.
Espero que cada vez mais haja mistura entre os povos. Talvez seja este o único caminho para o fim dos preconceitos e o início de uma humanidade una.
Tuesday, August 4, 2009
Reflexões
Ás vezes acho que se o sexo oposto olhasse para mim com olhos de ver, deixaria de me fazer sofrer...
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