Ontem assisti na RTP África, a trechos da entrevista realizada ao primeiro-ministro português, José Sócrates. Os jornalistas escolhidos foram a Judite de Sousa e o José Alberto Carvalho. Quanto mais via a entrevista, mais me convencia que estava a assistir a uma série policial, em que um polícia faz de bom e o outro de mau. Neste caso o José Alberto era o bonzinho e a Judite a má. Não tinha nada contra a Judite de Sousa até ontem à noite. Tudo bem que gosto do Sócrates, mas percebi claramente que ela não suporta o homem e isso estava explícito na atitude, na forma como posicionava o corpo e o modo desafiador com que olhava para ele. A obrigação dela era ser imparcial e não fazer daquela entrevista um circo de mau gosto. De vez em quando o José A. Carvalho punha água na fervura, falando com o primeiro-ministro num tom mais neutro, mas digo, foi uma coisa terrível de se ver.
Tudo bem que o homem está a ser acusado de corrupção no caso Freeport. Que mentiu ou omitiu sobre a sua formação académica, mas não era preciso tratá-lo assim. Houve uma altura em que pensei que o Sócrates se ia levantar da cadeira e pôr-se a milhas...ainda bem que não o fez.
Gosto dele, ainda que a maioria dos portugueses não o suporte.
1 comment:
OLá Clara! Não vi essa entrevista(até porque partilho na íntegra esses teus "feelings" sobre a parcialidade de alguns jornalistas),mas que este tipo de fazer informação campeia um pouco por aqui ísso é verdade!
Mas em todos os domínios, a liberdade é muito mal usada! Nunca vás por aí, ok?
JOrge
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